Entrou em casa batendo a porta, além do cansaço habitual, nada havia dado certo naquele dia. Foi andando e abandonando os objetos pessoais pelos cantos. Descalçou os sapatos, jogou a bolsa no sofá, os óculos e outros acessórios também ficaram pelo caminho. Chamou pelo companheiro e o silêncio veio como resposta. Estava sozinha. Respirou profundamente e permaneceu por alguns segundos com os olhos fechados.
Passado o pequeno instante de meditação caminhou até a estante, pegou seu disco predileto, ligou o aparelho de som e, enquanto esperava a música começar, soltou os cabelos jogando-os para trás com um balanço de cabeça semelhante aos de comerciais de shampoo. Correu para cima do sofá e ao primeiro acorde da canção pulou o mais alto que pôde pra cair estrategicamente em cima das almofadas amontoadas no chão da sala.
A música era 'Dancing Queen' e no repeat ela saiu das almofadas endiabrada com passos, gestos e acenos enlouquecidos. Dançou. Cantou. Cantou e dançou muito. Transformou-se em uma verdadeira rainha da dança. Quis mais saber de nada. Quando já exausta, encenou um desmaio e deitou nas almofadas.
Durante aqueles minutos de dança pode esquecer o dia tão cheio de contrariedades. No fim nada tinha sido resolvido, mas depois de um dia de cão, como o que ela teve, dançar igual a uma 'cachorra' louca pode mesmo ser a redenção.
Passado o pequeno instante de meditação caminhou até a estante, pegou seu disco predileto, ligou o aparelho de som e, enquanto esperava a música começar, soltou os cabelos jogando-os para trás com um balanço de cabeça semelhante aos de comerciais de shampoo. Correu para cima do sofá e ao primeiro acorde da canção pulou o mais alto que pôde pra cair estrategicamente em cima das almofadas amontoadas no chão da sala.
A música era 'Dancing Queen' e no repeat ela saiu das almofadas endiabrada com passos, gestos e acenos enlouquecidos. Dançou. Cantou. Cantou e dançou muito. Transformou-se em uma verdadeira rainha da dança. Quis mais saber de nada. Quando já exausta, encenou um desmaio e deitou nas almofadas.
Durante aqueles minutos de dança pode esquecer o dia tão cheio de contrariedades. No fim nada tinha sido resolvido, mas depois de um dia de cão, como o que ela teve, dançar igual a uma 'cachorra' louca pode mesmo ser a redenção.
9 comentários:
pode mesmo :)
Momento confissão: eu ouço músicas no repeat, muitas, muitas vezes.
Mas calma lá, nâo vão pensando que eu também danço assim, feito uma bicha louca, né? Hahahahah!
Adorei o Texo, Anna. Crônicas são as melhores.
Muito bom.
Beijo.
o melhor texto da anna aqui no deposito até hoje... o melhor mesmo... incrivel o realismo e mágica na mesma cena
colocar músicas no repeat e dançar sozinha em casa de vez enquando é bom demais mesmo!
adorei a surpresa da trama !! :D
tão cansada... e o q é o cansaço diante da vontade de dançar..?
extravasa meu bem... !!!!!! se jogue!
deixar-se ser, depois do dia de contrariedades...
gostei :)
Boa a história, esse tipo de coisa é bom mesmo. Mas dançar igual a uma 'cachorra' louca pega outra conotação em tempos de funk...
Comigo rola uma coisa engraçada: se alguém me encontrar dançando que nem uma "cachorra" louca pode ter certeza que eu estou muito bêbada ou eu estou muito chateada com algo. Ou as duas coisas juntas. rs
Dançar funciona como um tipo de terapia quando eu estou no limite MESMO!
E não há remédio melhor.
Aliás, ando precisando muito!
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